Cirurgia do Aparelho Digestivo - CRMPB 4144

Câncer de esôfago

No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. É o oitavo mais frequente no mundo e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres.

O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo, o adenocarcinoma, vem aumentando significativamente.

De forma geral, o tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada, de acordo com o estágio da doença e das condições clínicas do paciente. Casos selecionados de tumores iniciais podem ser tratados por ressecção local durante a endoscopia, sem a necessidade de procedimento cirúrgico formal.

Nos casos onde o objetivo é a cura, os pacientes são inicialmente submetidos a um tratamento combinado com quimioterapia e radioterapia, e posteriormente é feita a cirurgia. Para os tumores muito avançados ou no caso de pacientes muito debilitados, o tratamento tem caráter paliativo (sem finalidade curativa) e é feito por radioterapia combinada ou não à quimioterapia.

No leque de cuidados paliativos também encontram-se disponíveis as dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas).